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Ao completar 40 anos de vida, a Agência de Investimento Estrangeiro da Holanda (NFIA, na sigla em inglês) busca atrair novas empresas para aquele país. O segmento de energia está entre os setores chave que o país procura. Apesar de não ser o maior dentre eles, o foco está para as empresas que atuam em geração de energia renovável ao o que empresas de combustíveis fósseis estão cada vez com menor presença na matriz elétrica da Europa como um todo. Os principais destaques estão para agronegócios, setor químico, lifesciences e alta tecnologia/tecnologia da informação.
O Brasil representa cerca de dois terços do volume de investimentos da América Latina naquele país. Entre as vantagens que a NFIA aponta estão a proximidade com um mercado consumidor de cerca de 500 milhões de pessoas, fácil o logístico a quase toda a Europa por seus porto de Rotterdam e o aeroporto de Amsterdam, bem como a infraestrutura de comunicações existente por lá com 100% da internet por meio de fibra óptica.
Jeroen Nijland, diretor mundial da NFIA, destacou que o clima de negócio em seu país de origem vem sendo desenvolvido pelo novo governo. Uma das medidas mais importantes foi a redução da taxação sobre lucros advindos de atividades de pesquisa e desenvolvimento, o que vem aumentando a atratividade da Holanda em comparação a outros países. Segundo o executivo, o fato do país ter tradição no comércio internacional vem atraindo a atenção, ainda mais depois do Brexit, no Reino Unido, que tem atraído diversas empresas que estavam sediadas no território comandado por Londres, mas que querem manter-se em território da União Europeia.
De acordo com a NFIA, somente no ano ado, 357 empresas estrangeiras escolheram a Holanda para realizar suas principais operações, seja criando escritórios no país, trabalhando como centros de distribuição ou hubs de pesquisa e desenvolvimento. Os resultados deste investimento foram a geração de 12.686 empregos e contribuição com 1,67 bilhão de euros para a economia holandesa. A NFIA foi responsável pela maioria destes números com 8.158 empregos e 1,23 bilhão de euros.
Do segmento de energia, o foco de atuação da empresa está no desenvolvimento de fontes renováveis. Tanto para a geração por meio de parques eólicos offshore e redes inteligentes, incluindo nesse segmento a mobilidade elétrica, pois conta atualmente com a segunda maior frota do mundo de carros elétricos, atrás apenas da Noruega. Nijland lembrou ainda que em função das políticas do país e a afinidade da população com a consciência ambiental, o país vem se destacando nessas áreas. E que a meta é de se fortalecer em ações que incentivam inovação em energia.
Segundo a agência, cuja meta é a de atrair empresas novas para lá, o governo holandês oferece uma variedade de incentivos competitivos para estimular a inovação energética e promover o uso corporativo de fontes de energia renováveis. Como resultado dessa política, a Holanda fortaleceu sua posição de liderança em P&D de energia renovável, particularmente na tecnologia de turbinas eólicas. E acrescenta que isto é reforçado por parcerias estratégicas público-privadas e instalações de classe mundial, como o Consórcio para Conhecimento e Inovação eólica Offshore (TKI Wind op Zee), o Centro de Pesquisa de Energia da Holanda (ECN) e a Universidade de Tecnologia de Delft— um dos maiores especialistas do mundo em energia sustentável.
Robert Meijering, diretor NFIA Brasil, comentou ainda que a tendência atual das empresas brasileiras investirem na Holanda apresenta um perfil de pequeno e médio porte. No segmento de energia não apontou uma direção específica, mas que a inovação em geração renovável pode ser um dos caminhos, até porque, os investimentos necessários para se abrir uma companhia por lá não são elevados. Além disso, o tempo para abrir uma empresa por lá não é extenso, dependendo da complexidade da atividade pode levar até um mês, mas normalmente em dois dias estaria tudo regularizado.
“Normalmente com cerca de oito mil euros uma empresa é aberta na Holanda já considerando todos os custos, inclusive com assessoria jurídica”, completou ele.